Descubra técnicas e práticas baseadas em ciência para desacelerar a mente, reduzir a ansiedade e cultivar mais bem-estar no dia a dia
19/06/2025
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Em um mundo cada vez mais conectado e cheio de estímulos, não é raro sentir a mente acelerada, como se os pensamentos não dessem trégua. Essa sensação pode surgir diante de preocupações do trabalho, estudos, relacionamentos ou até mesmo sem motivo aparente. Pensamentos rápidos e incessantes, conhecidos popularmente como “mente agitada”, podem contribuir para ansiedade, insônia, irritação e até dificuldade de concentração. Mas afinal, como lidar com pensamentos acelerados e recuperar o equilíbrio mental?
Pensamentos acelerados são aqueles que surgem em sequência rápida, muitas vezes difíceis de controlar ou interromper. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, essa hiperatividade mental pode ser sintoma de ansiedade, estresse ou até mesmo de quadros como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O excesso de informações e cobranças diárias pode potencializar esse padrão, levando o cérebro a permanecer em “alerta” por longos períodos.
A neurociência mostra que o estado de alerta prolongado ativa regiões do cérebro ligadas à sobrevivência, como a amígdala, o que desencadeia uma resposta de “luta ou fuga” mesmo em situações rotineiras. Isso dificulta o relaxamento, alimentando ainda mais o ciclo de pensamentos acelerados.
Quando não administrados, pensamentos acelerados podem comprometer o sono, aumentar a fadiga mental, prejudicar decisões e impactar negativamente o humor. Um estudo publicado no Journal of Anxiety Disorders mostra que a ruminação (processo de pensar repetidamente em situações negativas) está associada ao risco aumentado de depressão e ansiedade.
Felizmente, há estratégias comprovadas para ajudar a desacelerar a mente e lidar com o excesso de pensamentos. Veja algumas práticas recomendadas por especialistas:
Exercícios de mindfulness envolvem trazer o foco para o momento presente, observando pensamentos sem julgá-los. Pesquisas da Universidade de Harvard apontam que práticas regulares de atenção plena reduzem significativamente a atividade cerebral associada à preocupação e ansiedade, promovendo maior sensação de calma.
Dedicar alguns minutos para respirar profundamente ajuda a ativar o sistema nervoso parassimpático, responsável pelo relaxamento. Uma técnica simples é inspirar pelo nariz contando até quatro, segurar o ar por quatro segundos e expirar lentamente pela boca, também por quatro segundos. Praticar essa respiração algumas vezes ao dia pode ajudar a acalmar a mente.
Colocar os pensamentos no papel é uma forma de externalizar e organizar ideias, reduzindo a sobrecarga mental. De acordo com a American Psychological Association, a escrita expressiva pode diminuir sintomas de ansiedade e contribuir para a autopercepção.
Desconectar-se periodicamente de redes sociais, notícias e aparelhos eletrônicos ajuda a reduzir estímulos que alimentam a mente acelerada. Reservar momentos para o silêncio e para o ócio criativo é fundamental.
O exercício regular, mesmo que leve, auxilia na liberação de neurotransmissores como a endorfina e a serotonina, que promovem bem-estar e reduzem o estresse.
Se os pensamentos acelerados causam sofrimento intenso ou comprometem o funcionamento diário, é fundamental buscar apoio psicológico. Psicoterapia, técnicas de relaxamento e, em alguns casos, avaliação psiquiátrica, podem ser necessários.
Adotar pequenas práticas de desaceleração pode transformar a relação com a própria mente. Permitir-se momentos de pausa, estabelecer uma rotina de autocuidado e cultivar hábitos saudáveis são atitudes que contribuem para uma vida mais leve e equilibrada.