20/10/2023
A FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, equivalente à ANVISA no Brasil, está avaliando a possibilidade de proibir alisantes de cabelo que contenham formaldeído, também conhecido como formol. Essa substância química é classificada como cancerígena e está associada a um maior risco de desenvolver câncer.
Embora a proibição do formaldeído seja vista como um passo significativo, especialistas alertam para a necessidade de revisar outros compostos potencialmente nocivos. Alguns produtos capilares contêm ftalatos, químicos conhecidos por interferirem no equilíbrio hormonal do corpo. Estudos sugerem que a exposição a ftalatos pode contribuir para o desenvolvimento de condições como obesidade, diabetes, câncer e miomas uterinos.
Nos Estados Unidos, no entanto, a implementação de uma proibição ainda é uma possibilidade distante, já que a FDA está apenas no início do processo de análise regulatória.
No Brasil, o uso de formaldeído em alisantes capilares foi banido em 2009. Apesar disso, uma pesquisa recente realizada pela ANVISA apontou que 35% dos agentes de Vigilância Sanitária estaduais e municipais relataram o uso irregular de formol em produtos alisantes, evidenciando desafios na fiscalização e no cumprimento da proibição.