quinta-feira, 5 de junho de 2025

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Caminhar para trás pode proteger suas articulações e melhorar a flexibilidade, dizem especialistas

Movimentar-se em marcha ré ativa grupos musculares diferentes, reduz a pressão sobre os joelhos e traz benefícios surpreendentes para o equilíbrio e a saúde articular

23/05/2025

Praticar caminhada ao contrário — também chamada de marcha reversa — pode parecer estranho à primeira vista, mas está ganhando atenção como uma estratégia eficaz para cuidar das articulações, especialmente os joelhos. De acordo com especialistas entrevistados pela Scientific American, esse tipo de exercício reduz o impacto sobre as articulações e pode ser uma ferramenta valiosa para quem sofre com dores crônicas ou problemas de mobilidade.

A marcha reversa exige um padrão de movimento incomum que aciona músculos que normalmente são menos usados durante a caminhada tradicional. Isso inclui maior ativação dos quadríceps, músculos estabilizadores do core e glúteos. Com isso, a sobrecarga sobre os joelhos — que costuma ser um ponto crítico em exercícios de impacto — é consideravelmente reduzida.

Além disso, caminhar para trás também estimula o equilíbrio, a propriocepção (percepção do corpo no espaço) e a coordenação motora. Estudos mostram que a prática pode melhorar a flexibilidade dos músculos posteriores da coxa e promover mais estabilidade articular.

A técnica já é usada por fisioterapeutas na reabilitação de lesões e por atletas como complemento de treinos funcionais. Também há evidências de que caminhar em marcha reversa por apenas 10 a 15 minutos, duas ou três vezes por semana, pode contribuir significativamente para a saúde articular, mesmo em pessoas idosas ou com histórico de artrite.

No entanto, é importante tomar cuidados. Por ser uma atividade que exige atenção postural e maior esforço de coordenação, ela deve ser iniciada em ambientes seguros, como esteiras com apoio lateral, corredores livres ou até com acompanhamento profissional, especialmente para iniciantes.

Mais do que uma excentricidade do movimento, caminhar para trás é um exemplo de como a diversidade de estímulos pode beneficiar o corpo. Ao desafiar padrões estabelecidos, o exercício ativa novas vias neuromusculares, previne lesões por uso repetitivo e promove longevidade funcional.