O diferencial do novo estudo é que ele destaca como até mesmo pequenas quantidades de exercício adicional, muitas das quais podem ser integradas às rotinas diárias, estão associadas a uma ligeira redução da pressão arterial.
11/11/2024
Pesquisadores da University College London e da Universidade de Sydney, em um novo estudo publicado na Circulation, a revista da American Heart Association (Associação Americana do Coração), revelaram o impacto que pequenos períodos de exercício tiveram pressão arterial de 14.761 participantes, em seis países, monitorados com rastreadores de atividade. Os participantes, em média, tinham sete horas de sono, 10 horas em atividades sedentárias e apenas 16 minutos de exercícios diários.
Ao substituir comportamentos sedentários por apenas cinco minutos de exercícios, já foram observadas melhorias “clinicamente significativas” na pressão arterial. Períodos pouco maiores, como inclusão de 10 a 20 minutos extras de exercício diário, podem reduzir o risco de doenças cardíacas em até 10%.
Segundo os pesquisadores, a maioria dos estudos se concentram no efeito de períodos de 30 minutos ou mais de exercícios estruturados. O diferencial do novo estudo é que ele destaca como até mesmo pequenas quantidades de exercício adicional, muitas das quais podem ser integradas às rotinas diárias, estão associadas a uma ligeira redução da pressão arterial.
No comunicado emitido pelos pesquisadores, Jo Blodgett, pesquisadora sênior do University College London e primeira autora do estudo, diz que o estudo revelou que, para a maioria das pessoas, pouco tempo de exercícios que “exigem um pouco mais do sistema cardiovascular”, como subir escadas ou ladeiras, correr e pedalar, foram benéficos para a pressão. “Descobrimos que substituir qualquer tipo de comportamento por cinco minutos de exercício faz diferença.”, destaca Blodgett.
A pesquisadora espera que a descoberta dos cinco minutos de atividade física incentive mudanças de estilo de vida, mostrando que pequenos ajustes são acessíveis. “Não precisa ser ‘correr por 30 minutos ou pedalar por uma hora’; subir escadas em vez de pegar o elevador já faz diferença”, acrescenta.
Com base nas descobertas, os pesquisadores recomendam que pessoas fisicamente inativas tentem fazer de cinco a 10 minutos de atividade por dia inicialmente, aumentando gradualmente para cerca de 25 a 30 minutos por dia. Incluir uma rotina mais extensa de exercícios, com treinar alguns dias por semana numa academia, logicamente otimiza ainda mais os resultados. Entretanto, como o estudo comprova, se a pessoa sedentária puder introduzir pequenos períodos de atividade mais intensa, já terá benefícios perceptíveis.
A pesquisa foi financiada pela Fundação Britânica do Coração.
Apesar da ausência de sintomas, a hipertensão é um fator importante que contribui para ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, derrames, danos nos rins e outras condições perigosas. A condição afeta 1,28 bilhão de adultos e é uma das principais causas de morte no mundo, segundo as estatísticas.
Vele destacar ainda que, em caso de hipertensão, o acompanhamento médico é imprescindível, assim como o uso de medicamentos nos casos mais graves.
Fontes:
The Washington Post
The Guardian