Você não precisa de treinos intensos para colher os benefícios do movimento. Simples ações do dia a dia, como uma caminhada tranquila ou mesmo atividades domésticas, já contribuem significativamente para sua saúde.
19/11/2024
A prática de atividades físicas é amplamente reconhecida por seus benefícios à saúde. No entanto, um estudo publicado no British Journal of Sports Medicine foi além ao quantificar o impacto de uma rotina ativa na longevidade.
Os resultados revelaram que manter-se fisicamente ativo pode aumentar a expectativa de vida em até cinco anos. De acordo com Lennert Veerman, professor de saúde pública na Escola de Medicina e Odontologia da Universidade Griffith, na Austrália, e autor sênior do estudo, a falta de exercícios físicos acarreta perdas comparáveis às provocadas pelo tabagismo ou pela hipertensão.
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A relação entre atividade física e longevidade tem sido amplamente explorada por estudos ao longo dos anos. Contudo, a pesquisa liderada por Veerman, aprofundou esse tema ao projetar como diferentes níveis de atividade física impactam a expectativa de vida. Inspirado por um estudo de 2019 que mostrou uma forte conexão entre movimento e redução do risco de morte prematura, Veerman buscou calcular quanto tempo extra de vida pequenas mudanças na rotina poderiam oferecer.
Utilizando dados de atividade física capturados entre 2003 e 2006 por acelerômetros, dispositivos que medem com precisão o movimento, a equipe analisou adultos com 40 anos ou mais. Esses dados foram cruzados com taxas de mortalidade de 2017 para criar projeções detalhadas. Os resultados revelaram que indivíduos no quartil menos ativo perdem, em média, 5,8 anos de vida, enquanto aqueles no quartil mais ativo podem viver até 5,3 anos a mais. Além disso, se pessoas com níveis baixos de atividade aumentassem seu tempo de movimento em 111 minutos diários, poderiam ganhar até 11 anos extras.
Você não precisa de treinos intensos para colher os benefícios do movimento. Simples ações do dia a dia, como uma caminhada tranquila ou mesmo atividades domésticas, já contribuem significativamente para sua saúde. Mesmo pequenas iniciativas, como estacionar mais longe ou fazer pausas ativas durante o trabalho, contribuem significativamente. Veerman e outros especialistas reforçam que cada movimento conta, e atingir as diretrizes de 150 a 300 minutos semanais de atividade moderada pode parecer mais acessível com essas pequenas mudanças.
Além disso, o estudo destaca a importância de melhorias na infraestrutura urbana para incentivar a caminhada e reduzir a dependência de automóveis. Transformações desse tipo exigem planejamento a longo prazo e esforço coletivo, mas representam um passo essencial para uma sociedade mais ativa e saudável.
No geral, a mensagem é clara: mover-se mais não apenas melhora a saúde, mas pode prolongar a vida de maneira significativa, mesmo com ajustes simples na rotina.
Fontes:
CNN
British Journal of Sports Medicine