20/08/2023
A doença de Alzheimer, a mais comum das condições neurodegenerativas, afeta milhões e pode duplicar até 2050 nos EUA. Embora ainda sem cura, os cientistas buscam avidamente tratamentos e métodos preventivos.
Um avanço intrigante vem do mundo do fisiculturismo, com o suplemento proteico HMB mostrando potencial contra o declínio cognitivo. O HMB é um nutriente que atua na reabilitação muscular, aumentando a força durante os treinos (estímulo ergogênico) e evitando a perda de massa magra (efeito anticatabólico). Já conhecido por seus benefícios à força muscular, agora é explorado por suas propriedades neuroprotetoras. Pesquisadores descobriram que o HMB promove a formação de espinhas dendríticas e eleva os níveis de fatores neurotróficos, como o BDNF e o CREB, o que é um sinal positivo para a neuroplasticidade.
Um experimento com camundongos com Alzheimer revelou que o HMB não só melhorou a memória e a aprendizagem mas também reduziu as placas de amiloide-beta, características da doença. Esses resultados estão ligados à interação do HMB com o receptor PPARα, vital para o metabolismo cerebral.
Apesar desses achados promissores, especialistas como o Dr. Howard Pratt e o Dr. Thomas Gut alertam para a necessidade de cautela ao traduzir esses resultados para humanos. Dr. Pratt comenta sobre as limitações do estudo com camundongos, citando que “não podemos descartar” a influência do fortalecimento muscular do HMB no desempenho dos animais.
Dr. Gut também aponta a variabilidade da doença em humanos, sugerindo que o HMB “pode ajudar a reduzir alguns dos achados comumente associados à doença de Alzheimer”. Além disso, o Dr. Russell Swerdlow enfatiza que os achados sugerem “que o metabolismo energético pode controlar o acúmulo de proteínas, ao contrário do contrário”.
Em resumo, enquanto o HMB apresenta um caminho promissor na luta contra o Alzheimer, mais estudos em humanos são essenciais antes de considerá-lo um tratamento efetivo. Enquanto isso, manter uma vida saudável continua sendo a melhor recomendação para mitigar o risco de demência, como lembra Dr. Pratt: “Embora não saibamos a causa da demência, há coisas que você pode fazer para reduzir seu risco”.
Fonte: Medical News Today