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Dieta saudável entre 40 e 60 anos pode prevenir declínio cognitivo

Diversos outros estudos indicam que uma dieta saudável está associada ao aumento da longevidade e à redução do risco de doenças crônicas.

12/11/2024

Um estudo recente, publicado na revista “Alzheimer’s & Dementia” e conduzido por cientistas das Universidades de Nova York e Columbia, revela que mulheres na faixa dos 40 aos 60 anos que seguem dietas saudáveis têm menor risco de declínio cognitivo na velhice. A pesquisa acompanhou mais de 5 mil mulheres por 30 anos, focando nas que adotaram dietas ricas em potássio, cálcio, magnésio, e baixas em gorduras saturadas, sódio e açúcar.

A análise se baseou em dados alimentares coletados entre 1985 e 1991 e em avaliações de saúde e cognitivas realizadas durante o estudo. Os resultados mostraram que as mulheres com dietas saudáveis na meia-idade tinham 17% menos probabilidade de sofrer declínio cognitivo mais tarde na vida.

Yu Chen, pesquisador líder e professor da Universidade de Nova York, destacou a importância de manter uma dieta saudável especialmente a partir dos 40 anos para prevenir problemas cognitivos na velhice. O estudo também sugere que maus hábitos alimentares, como os que levam à hipertensão, são um fator de risco significativo para o declínio cognitivo e demência na terceira idade. Mais pesquisas são necessárias para confirmar se esses achados se aplicam a diferentes grupos raciais e étnicos.

Outros estudos relacionando dieta saudável e longevidade

Diversos outros estudos indicam que uma dieta saudável está associada ao aumento da longevidade e à redução do risco de doenças crônicas. Essas pesquisas destacam que a alimentação rica em frutas, verduras, grãos integrais, gorduras saudáveis e proteínas de qualidade pode ter efeitos significativos na expectativa de vida, especialmente durante essa fase intermediária, entre 40 e 60 anos.

Aqui estão alguns achados relevantes desses estudos:

  1. Harvard T.H. Chan School of Public Health: A Harvard conduziu estudos de longo prazo, como o Nurses’ Health Study e o Health Professionals Follow-Up Study, nos quais dietas ricas em alimentos como frutas, vegetais, nozes, grãos integrais e peixes, e pobres em carnes vermelhas e processadas, foram associadas a um aumento de até 10-15 anos na expectativa de vida, dependendo da adesão e dos padrões alimentares de cada pessoa. Um artigo publicado na revista científica Circulation (2018) pela Harvard School detalha como a adesão a dietas saudáveis está associada ao aumento da expectativa de vida.

  2. Dieta Mediterrânea e Dieta DASH: A New England Journal of Medicine publicou um estudo significativo em 2013 sobre a dieta mediterrânea, destacando seu impacto na redução de doenças cardiovasculares. A dieta DASH também tem amplo suporte de estudos publicados pelo National Institutes of Health (NIH) e pela American Heart Association.

    • Referência: Estruch, R., et al. “Primary Prevention of Cardiovascular Disease with a Mediterranean Diet.” New England Journal of Medicine, 2013.
    • Fontes adicionais sobre a dieta DASH podem ser encontradas no site do NIH e da American Heart Association.
  3. Estudo sobre Dieta e Mortalidade do NIH-AARP: Este estudo do NIH-AARP, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), analisou dados de mais de meio milhão de participantes para relacionar dietas de alta qualidade a menores taxas de mortalidade.

    • Referência: Sotos-Prieto, M., et al. “Association of Changes in Diet Quality with Total and Cause-Specific Mortality.” JAMA Internal Medicine, 2017.
  4. Estudo das Blue Zones: As pesquisas sobre as Zonas Azuis foram amplamente documentadas pelo pesquisador Dan Buettner, em colaboração com o National Geographic e em artigos científicos focados nas práticas de longevidade. Embora alguns dos achados sejam populares e não necessariamente ensaios clínicos, o conceito é amplamente discutido na literatura acadêmica.

    • Referência: Buettner, D. The Blue Zones: Lessons for Living Longer from the People Who’ve Lived the Longest. National Geographic, 2012.
    • Mais informações também podem ser encontradas no site Blue Zones.