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Nutrição esportiva para quem não é atleta: o guia para otimizar seus treinos

Descubra como a alimentação correta pode transformar seu desempenho e bem-estar, mesmo que você não seja um profissional do esporte.

8/09/2025

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Engana-se quem pensa que a nutrição esportiva é um universo restrito a atletas de alto rendimento. Se você pratica atividades físicas regularmente, seja na academia, em corridas no parque ou em aulas de dança, saiba que a sua alimentação tem um papel fundamental não apenas no seu desempenho, mas também na sua recuperação e bem-estar geral. A verdade é que, para quem não é atleta profissional, ajustar o cardápio de forma inteligente é o segredo para ir além e conquistar resultados mais consistentes e saudáveis.

Por que a nutrição para amadores é diferente?

Atletas amadores enfrentam um desafio único: conciliar a rotina de treinos com trabalho, estudos e vida social. Diferente dos profissionais, que têm uma equipe multidisciplinar e dietas extremamente restritivas, o praticante comum precisa de um plano alimentar flexível e realista. A nutricionista Gláucia Renata Balardini, em uma publicação do GoodBom Supermercados, explica que, enquanto a alimentação profissional é moldada para campeonatos, a do amador pode e deve ser mais adaptável, sem abrir mão da eficiência.

O objetivo não é copiar dietas de atletas, mas sim entender os princípios da nutrição esportiva e aplicá-los à sua realidade. Isso significa fornecer ao corpo o combustível certo, na hora certa, para garantir energia, evitar lesões e acelerar a recuperação muscular.

Os pilares da alimentação para quem treina

Para otimizar seus resultados, é essencial focar em três pilares principais:

  1. Carboidratos: a sua principal fonte de energia: Muitas vezes vistos como vilões, os carboidratos são, na verdade, a principal fonte de combustível para o corpo durante o exercício. A nutricionista esportiva Cris Perroni, em artigo para o portal GE, reforça que restringir carboidratos no treino é um erro. Eles são essenciais para retardar a fadiga e proteger o sistema imunológico. Invista em fontes de qualidade, como grãos integrais, frutas e vegetais.
  2. Proteínas: as construtoras dos músculos: As proteínas são cruciais para a reparação e construção dos tecidos musculares danificados durante o treino. Fontes como carnes magras, ovos, laticínios e leguminosas devem fazer parte da sua dieta. A recomendação geral, segundo especialistas do Hospital Israelita Albert Einstein, varia de 1,2 a 2 gramas de proteína por quilo de peso corporal.
  3. Hidratação: o motor do seu corpo: A desidratação afeta diretamente o desempenho e pode causar cãibras e fadiga. A recomendação é ingerir de 400 a 800 ml de água por hora de exercício, ajustando conforme a intensidade e as condições climáticas.

Erros comuns que podem sabotar seus resultados

Na busca por resultados rápidos, muitos praticantes de atividade física cometem erros que comprometem o desempenho e a saúde. Cris Perroni alerta para alguns dos mais comuns:

  • Treinar em jejum sem orientação: Para treinos de alta intensidade ou com mais de uma hora de duração, o jejum não é recomendado.
  • Usar proteína como pré-treino: A fonte de energia antes do exercício deve ser o carboidrato.
  • Demorar para se alimentar após o treino: A janela de oportunidade para a recuperação muscular é crucial. O ideal é consumir uma combinação de carboidratos e proteínas nas duas primeiras horas após o exercício.

Suplementação: um capítulo à parte

O uso de suplementos como whey protein e creatina pode ser benéfico, mas exige cautela. O Dr. Fabrício Buzatto, médico do esporte, explica que o whey protein é uma excelente opção para complementar a ingestão de proteínas, especialmente no pós-treino. Já a creatina, segundo a nutricionista Serena del Favero, do Einstein, é eficaz para exercícios de alta intensidade e curta duração, mas seu efeito é cumulativo e deve ser usada diariamente.

É fundamental que a suplementação seja sempre orientada por um nutricionista ou médico, que avaliará as necessidades individuais e indicará os produtos e dosagens corretas.

Estratégias para o dia a dia

Adotar a nutrição esportiva na sua rotina não precisa ser complicado. Comece com pequenas mudanças:

  • Planeje suas refeições: Organize um cardápio semanal para garantir que você tenha sempre opções saudáveis à mão.
  • Invista em alimentos anti-inflamatórios: Inclua na sua dieta peixes, abacate, nozes e azeite para ajudar na recuperação.
  • Evite nutrientes vazios: Limite o consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras saturadas, que oferecem pouco valor nutricional.

Lembre-se que cada corpo é único. As orientações gerais são um excelente ponto de partida, mas o acompanhamento de um profissional de nutrição é o que fará a diferença para que você alcance seus objetivos de forma segura e sustentável.

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