Recém-liberado pela Anvisa, o Mounjaro chega ao Brasil como uma promessa poderosa no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade — mas será que você conhece todos os seus efeitos e indicações?
13/06/2025
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Você já ouviu falar do Mounjaro? Esse nome tem circulado cada vez mais entre médicos, pacientes e quem busca soluções modernas para o controle do peso e da glicemia. Agora, a expectativa aumentou: o medicamento foi recentemente aprovado pela Anvisa para ser comercializado no Brasil. Sua principal indicação é para tratar diabetes tipo 2, mas também pode ser utilizado em casos de obesidade e sobrepeso com comorbidades.
O que torna o Mounjaro especial é sua ação em duas frentes hormonais importantes: ele estimula os receptores de GLP-1 e GIP, substâncias naturais que ajudam a controlar o apetite e os níveis de açúcar no sangue. Em termos simples, o medicamento contribui para que o corpo libere insulina de forma mais eficaz e ao mesmo tempo prolonga a sensação de saciedade, o que leva à redução da ingestão alimentar.
Estudos clínicos internacionais, como o SURMOUNT e o SURPASS, mostraram que pessoas que usaram tirzepatida perderam em média 15% a 22% do peso corporal — resultados mais expressivos do que os observados com outros medicamentos da mesma classe. Além disso, houve melhora significativa em parâmetros como colesterol, triglicerídeos e pressão arterial.
O Mounjaro é recomendado para:
O tratamento é feito por meio de injeções semanais, administradas sob a pele. As doses começam em níveis baixos e podem ser ajustadas ao longo do tempo, de acordo com a resposta do organismo e as orientações médicas.
Os locais comuns de aplicação são o abdômen, a parte superior do braço e as coxas. A frequência — uma vez por semana — é um ponto positivo para quem precisa de praticidade no dia a dia.
Como qualquer tratamento medicamentoso, o Mounjaro pode provocar efeitos indesejados. Os mais relatados envolvem o sistema digestivo:
Esses sintomas costumam surgir no início do tratamento e tendem a diminuir com o tempo. Raramente, pode haver casos mais graves como inflamação pancreática, o que exige atenção médica imediata.
Além disso, a medicação não é recomendada para pessoas com histórico de câncer medular da tireoide ou doenças endócrinas raras.
O Mounjaro representa um avanço importante, mas não é uma solução mágica. É fundamental que seja utilizado apenas com prescrição médica, dentro de um plano que inclua reeducação alimentar, atividade física e acompanhamento clínico contínuo.
A recente aprovação no Brasil amplia as possibilidades terapêuticas, mas também exige responsabilidade de todos os envolvidos — profissionais de saúde, pacientes e a sociedade. O uso incorreto, como aconteceu com outras medicações para emagrecimento, pode gerar riscos desnecessários e banalizar o tratamento.
Em resumo: o Mounjaro pode, sim, ser uma ferramenta valiosa para quem enfrenta a obesidade ou o diabetes tipo 2. Mas o protagonismo da mudança ainda pertence a você — com escolhas consistentes, hábitos saudáveis e suporte qualificado.