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Retenção de líquido: o que seu corpo está tentando dizer com os inchaços

Entenda os principais sinais da retenção hídrica, por que ela acontece e como aliviar o problema de forma natural e eficaz

16/06/2025

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Sentir-se inchado, com as pernas pesadas ou perceber marcas na pele deixadas por roupas apertadas pode ser um sinal claro de retenção de líquidos, também conhecida como edema. Essa condição acontece quando há acúmulo de fluido entre os tecidos do corpo, levando a inchaços visíveis e desconforto. Embora muitas vezes temporária, a retenção pode ser sintoma de algo mais profundo — e merece atenção.

O corpo humano é composto por aproximadamente 60% de água, que circula entre as células e vasos. Quando esse equilíbrio é perturbado, seja por fatores hormonais, alimentares ou condições médicas, pode ocorrer o acúmulo anormal de líquidos em determinadas regiões, principalmente extremidades como pernas, pés e mãos.

Como identificar os sintomas?

A retenção hídrica costuma se manifestar por:

  • inchaço em pés, tornozelos, pernas, mãos ou abdômen;
  • sensação de pele esticada ou brilho incomum sobre a área afetada;
  • marcas visíveis após uso de roupas ou meias;
  • sensação de peso nas pernas e cansaço corporal;
  • redução na quantidade de urina eliminada ao longo do dia;
  • aumento de peso repentino, sem mudanças na dieta.

Causas mais comuns de retenção

1. Consumo excessivo de sódio

O sal em excesso é uma das principais causas da retenção de líquidos. Ele interfere no equilíbrio osmótico, fazendo com que o organismo segure mais água para diluir o sódio presente no sangue. Alimentos industrializados, embutidos e fast-foods são ricos em sódio.

2. Sedentarismo ou longos períodos sentado/de pé

Ficar na mesma posição por muito tempo dificulta a circulação sanguínea, especialmente nas pernas. A falta de movimento compromete o retorno venoso e linfático, favorecendo o acúmulo de líquidos.

3. Oscilações hormonais

Flutuações hormonais, como as que ocorrem na TPM, gravidez ou menopausa, alteram a forma como o corpo regula o equilíbrio de fluidos. O estrogênio, por exemplo, pode aumentar a retenção.

4. Problemas renais, hepáticos ou cardíacos

Distúrbios no funcionamento de rins, fígado e coração afetam diretamente a capacidade do corpo de filtrar, circular e eliminar líquidos adequadamente. Nestes casos, a retenção pode ser um sintoma de alerta.

5. Medicamentos específicos

Remédios como corticoides, anticoncepcionais hormonais, alguns antidepressivos e anti-hipertensivos podem causar retenção como efeito colateral.

6. Problemas no sistema linfático

Alterações no sistema linfático, como linfedema ou após cirurgias, podem impedir a drenagem correta de líquidos, causando inchaço persistente.

Estratégias naturais para combater a retenção

Embora cada caso deva ser avaliado individualmente, algumas mudanças no estilo de vida ajudam a reduzir a retenção de maneira segura e eficaz:

  • Beba mais água: manter-se bem hidratado favorece o funcionamento renal e evita que o corpo precise “estocar” líquido;
  • Reduza o sal e evite ultraprocessados: substitua temperos industrializados por ervas naturais e use sal com moderação;
  • Consuma alimentos diuréticos naturais, como melancia, abacaxi, pepino, salsão e chás como hibisco e cavalinha;
  • Pratique atividade física regularmente, mesmo que seja uma caminhada leve;
  • Eleve as pernas ao fim do dia: isso ajuda o retorno venoso e reduz o inchaço nas extremidades;
  • Drenagem linfática manual pode ser útil, desde que feita por profissional qualificado.

Quando buscar ajuda médica?

Se a retenção for recorrente, surgir de forma repentina, ou vier acompanhada de sintomas como dor, falta de ar, palpitações ou alterações na urina, é essencial procurar orientação médica. Esses sinais podem indicar condições mais graves, como insuficiência cardíaca ou renal, que requerem tratamento específico.

Ouça seu corpo e observe os sinais

O inchaço frequente não deve ser ignorado. Muitas vezes, ele é apenas um reflexo de hábitos alimentares ou da falta de movimento. Porém, pode também ser um sinal de alerta. Estar atento ao corpo, adotar hábitos saudáveis e contar com o acompanhamento profissional é o melhor caminho para cuidar da saúde e do bem-estar de forma integral.

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