Descubra como certos alimentos podem proteger sua mente do envelhecimento precoce, melhorar a memória e até ajudar a prevenir doenças neurodegenerativas
16/06/2025
Gostou da publicação? Compartilhe e de uma força para o Leveza!
O cérebro é o órgão mais complexo do corpo humano e, como tal, requer cuidados especiais. Além de sono de qualidade, exercícios físicos e estímulos cognitivos, a alimentação desempenha um papel fundamental na manutenção das funções cerebrais. Pesquisas recentes indicam que certos alimentos possuem propriedades neuroprotetoras, antioxidantes e anti-inflamatórias, capazes de melhorar a memória, a concentração, o humor e até retardar doenças como Alzheimer e Parkinson.
Esses alimentos são frequentemente chamados de “superalimentos”, não por possuírem propriedades milagrosas, mas por concentrarem nutrientes essenciais ao funcionamento cerebral em quantidades elevadas.
Confira a seguir os principais superalimentos para o cérebro, embasados por estudos científicos.
Ricos em ômega-3, os peixes de águas frias e profundas são fundamentais para a saúde cerebral. Os ácidos graxos do tipo DHA, presentes no ômega-3, são componentes estruturais dos neurônios. Estudos mostram que níveis adequados de DHA estão associados a menor risco de demência e melhor performance cognitiva (National Institutes of Health (NIH), Harvard T.H. Chan School of Public Health).
Conhecido como “a fruta do cérebro”, o mirtilo é rico em antocianinas, compostos antioxidantes que reduzem o estresse oxidativo no cérebro. Uma revisão publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry mostrou que o consumo regular de mirtilo melhora a memória em adultos mais velhos (USDA, American Journal of Clinical Nutrition).
A curcumina, composto ativo da cúrcuma, atravessa a barreira hematoencefálica e atua como anti-inflamatório natural. Pesquisas apontam que ela aumenta os níveis de BDNF, uma proteína ligada à formação de novas conexões neurais. Além disso, pode melhorar o humor e reduzir sintomas de depressão leve (Frontiers in Pharmacology – 2021, Mayo Clinic).
São fontes de colina, um nutriente essencial para a produção de acetilcolina, neurotransmissor relacionado à memória e aprendizagem. A gema também fornece vitamina B12 e antioxidantes como luteína e zeaxantina, importantes para a saúde cerebral e ocular (Journal of the American College of Nutrition)
Ricas em vitamina E, selênio e gorduras boas, as oleaginosas atuam como neuroprotetores naturais. Um estudo da UCLA mostrou que o consumo diário de nozes está relacionado à melhor função cognitiva em adultos de meia-idade (The Journal of Nutrition, Health & Aging – 2014)
São ricos em folato, luteína e vitaminas do complexo B, nutrientes que ajudam a reduzir os níveis de homocisteína, um marcador inflamatório associado ao declínio cognitivo. O consumo diário está ligado a retardo no envelhecimento cerebral (Rush University Medical Center, estudo da dieta MIND).
O cacau é uma das fontes mais concentradas de flavonoides, que aumentam o fluxo sanguíneo cerebral, melhorando o desempenho em tarefas cognitivas e o humor. Para obter os benefícios, escolha chocolates com 70% de cacau ou mais e sem açúcar refinado (Frontiers in Nutrition, British Journal of Clinical Pharmacology)
Uma boa estratégia é criar uma rotina alimentar variada e equilibrada, com foco em alimentos naturais e minimamente processados. Aposte em cafés da manhã com ovos, lanches com nozes e frutas vermelhas, almoços com vegetais folhosos e jantares com peixes gordurosos. Além disso, o uso de cúrcuma em preparações quentes, como sopas e chás, potencializa sua absorção quando combinado com pimenta-do-reino e azeite.
A nutrição cerebral é uma via de mão dupla: o que comemos influencia o desempenho do cérebro, e um cérebro saudável facilita melhores escolhas alimentares e de estilo de vida. Incorporar esses superalimentos na rotina diária é uma das formas mais eficazes de proteger a mente, melhorar o foco e preservar a saúde mental ao longo da vida.