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A jornada para a autoestima genuína: como cultivar um amor-próprio real e duradouro

Descubra os pilares de uma autoestima saudável e aprenda a nutrir uma relação mais compassiva e autêntica consigo mesmo, para além das validações externas

30/10/2025

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Este artigo explora a autoestima genuína, um valor interno que se opõe à autoestima frágil e dependente de validação externa. Apresenta os quatro pilares de uma autoestima saudável (autoaceitação, autoconfiança, competência social e rede social) e introduz o conceito de autocompaixão de Kristin Neff como uma alternativa mais estável. O texto oferece dicas práticas para cultivar a autoestima genuína, como a auto-observação e o desafio à autocrítica, promovendo uma jornada de autoconhecimento e bem-estar para uma vida mais autêntica e plena.

A busca por uma autoestima elevada, quando baseada apenas no sucesso externo e na aprovação alheia, pode nos levar a construir uma base frágil. A verdadeira jornada, então, não é apenas sobre se sentir bem, mas sobre desenvolver uma autoestima genuína: um senso de valor que brota de dentro, nutrido pela autenticidade e autocompaixão, e resiliente às adversidades.

O que é autoestima genuína e por que ela é tão importante?

Ao contrário da autoestima que oscila com elogios e críticas, a autoestima genuína é um alicerce sólido, construído sobre o autoconhecimento e a autoaceitação. Segundo o psicoterapeuta Mel Schwartz, ela “requer uma opinião realista e apreciativa de si mesmo” [1]. É um estado de ser que não depende de conquistas ou da validação externa, mas de uma conexão honesta e compassiva consigo mesmo.

Um estudo de 2023 publicado na revista ID on line. Revista de psicologia reforça essa ideia, descrevendo a autoestima como um fator protetivo para a saúde mental. Os autores destacam que “quanto mais alta for a autoestima do indivíduo, melhor será o seu processo adaptativo” [2]. Uma autoestima genuína nos torna mais resilientes, melhora nossas relações interpessoais e nos capacita a enfrentar as dificuldades da vida de forma mais positiva e construtiva.

Os 4 pilares da autoestima saudável

Para construir essa base, podemos nos apoiar em quatro pilares essenciais, definidos pelos psicólogos Potreck-Rose e G. Jacob e citados em um artigo da CNN Brasil [3]:

  1. Autoaceitação: Acolher-se com qualidades e imperfeições, abandonando a autocrítica destrutiva em favor da gentileza.
  2. Autoconfiança: Crer em suas habilidades e capacidades, nutrindo-a com desafios, aprendizados e celebração das conquistas.
  3. Competência social: Construir e manter relações saudáveis, comunicando-se de forma autêntica e impondo limites.
  4. Rede social: Manter um círculo de apoio com amigos e familiares que ofereçam amor e suporte incondicional.

O poder da autocompaixão: uma alternativa à autoestima tradicional

Kristin Neff, pesquisadora pioneira no tema, propõe a autocompaixão como uma alternativa mais saudável e estável. Em entrevista à BBC, ela explica que “a autoestima depende do sucesso e das pessoas gostarem de você, então não é muito estável” [4]. A autocompaixão, por outro lado, é a prática de sermos nossos próprios amigos, principalmente nos momentos difíceis.

Neff define a autocompaixão a partir de três componentes principais:

• Autogentileza vs. autojulgamento: Tratar a si mesmo com a mesma gentileza e compreensão que você trataria um bom amigo.

• Humanidade compartilhada vs. isolamento: Reconhecer que o sofrimento e a imperfeição fazem parte da experiência humana, e que você não está sozinho em suas lutas.

• Atenção plena vs. superidentificação: Observar seus pensamentos e emoções dolorosas sem se deixar consumir por eles.

Estudos mostram que a autocompaixão está associada a uma maior resiliência emocional, menos ansiedade e depressão, e até mesmo a uma melhor saúde física [4].

Um caminho prático para cultivar a autoestima genuína

Desenvolver uma autoestima genuína é um processo contínuo. Aqui estão alguns passos práticos para iniciar essa jornada:

• Pratique a auto-observação sem julgamento: Observe seus pensamentos e sentimentos sem crítica. Meditação e mindfulness são ferramentas úteis.

• Desafie sua autocrítica: Questione a voz da autocrítica. Trate-se como um amigo, substituindo a autodepreciação por compaixão.

• Celebre suas pequenas vitórias: Reconheça e comemore seus progressos, por menores que sejam, para fortalecer a autoconfiança.

• Cultive relacionamentos positivos: Cerque-se de pessoas que te apoiam e afaste-se de relações tóxicas.

• Cuide do seu corpo: Cuide do seu corpo com alimentação saudável, exercícios e sono de qualidade, pois impactam diretamente o bem-estar.

A jornada para a autoestima genuína não é linear. Haverá altos e baixos, mas cada passo é um avanço em direção a uma vida mais autêntica e feliz.

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[1] Schwartz, M. (2019). The Power of Authentic Self-Esteem. Psychology Today. [2] Pinheiro, A. P. de O. R. S., et al. (2023). Autoestima como Fator Protetivo para a Saúde Mental. ID on line. Revista de psicologia, 17(68). [3] CNN Brasil (2023). Autoestima alta e baixa: o que são e 13 dicas para melhorar. [4] Robson, D. (2021). Por que a autocompaixão, e não a autoestima, pode ser a chave para o sucesso. BBC News Brasil.