Após críticas de especialistas e aumento de distúrbios alimentares entre jovens, plataforma bane conteúdos que promovem dietas severas e checagens corporais
9/06/2025
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Nos últimos meses, a tendência chamada “SkinnyTok” se espalhou pelo TikTok, promovendo conteúdos que exaltavam dietas extremamente restritivas, cultuavam a magreza extrema e incentivavam práticas como os chamados body checks — vídeos em que usuários expõem o corpo de forma recorrente para mostrar emagrecimento ou controle de peso.
Esse movimento viral, que afetava principalmente adolescentes e mulheres jovens, provocou preocupação generalizada entre profissionais da saúde mental, nutricionistas e educadores. O aumento de conteúdos com esse teor coincidiu com uma alta nos casos de transtornos alimentares, depressão, ansiedade e baixa autoestima, conforme apontado por especialistas.
Diante da repercussão negativa e da pressão social crescente, o TikTok anunciou em 04 de junho de 2025 a proibição formal da trend “SkinnyTok”, retirando conteúdos relacionados à promoção da magreza extrema e atualizando suas diretrizes para reforçar a proteção da saúde física e emocional de seus usuários.
A decisão foi bem recebida por entidades médicas e psicológicas, que há tempos alertam para os danos causados por padrões corporais inatingíveis propagados nas redes sociais. No entanto, também reforçam que a simples retirada de conteúdo não resolve o problema por completo.
Segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Psicologia e da Associação Brasileira de Nutrição, é fundamental que adolescentes e famílias desenvolvam uma relação crítica com o conteúdo digital, evitando a exposição constante a comparações corporais e buscando informações validadas por profissionais.
Além de acompanhar o que os jovens consomem online, pais e educadores devem promover o diálogo sobre imagem corporal, autoestima e saúde integral. Nutricionistas recomendam atenção aos sinais de alerta — como alterações bruscas de peso, distorção da imagem corporal e obsessão com alimentação —, que podem indicar transtornos em desenvolvimento.
Redes sociais são ferramentas poderosas, mas é preciso lembrar: saúde não é estética, e bem-estar não pode ser definido por algoritmos.