Estudo da Universidade de Harvard revela que dietas ricas em alimentos ultraprocessados aumentam significativamente o risco de depressão
10/06/2025
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O que você come todos os dias pode estar afetando diretamente sua saúde mental — e agora isso está cientificamente comprovado. Um estudo recente da Harvard T.H. Chan School of Public Health, publicado no final de maio, aponta que consumir nove ou mais porções diárias de alimentos ultraprocessados pode aumentar em 50% o risco de desenvolver depressão.
Os alimentos ultraprocessados incluem itens como refrigerantes, salgadinhos industrializados, bolachas recheadas, pratos prontos congelados, cereais matinais adoçados, embutidos (como salsicha e presunto) e outros produtos com aditivos químicos, corantes, emulsificantes e conservantes. Eles são criados para ter alta palatabilidade e longa validade, mas oferecem pouco ou nenhum valor nutricional real.
Segundo os pesquisadores, a análise foi feita com base em dados de mais de 30 mil mulheres norte-americanas acompanhadas por 14 anos. O consumo excessivo desses produtos foi associado a um risco elevado de depressão, mesmo quando considerados outros fatores como estilo de vida, histórico familiar e saúde física.
Embora a relação entre alimentação e saúde mental já seja discutida há alguns anos, esse estudo reforça a ideia de que a saúde emocional também começa no prato. Dietas mais naturais e ricas em alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, vegetais, grãos integrais, oleaginosas e proteínas magras, demonstraram ter um efeito protetor contra sintomas depressivos.
Além disso, outros estudos já indicaram que o intestino, conhecido como “segundo cérebro”, está diretamente ligado à produção de neurotransmissores como a serotonina, responsável pela sensação de bem-estar. E o consumo constante de ultraprocessados pode afetar negativamente a microbiota intestinal, contribuindo para quadros inflamatórios que impactam o humor e a saúde mental.
Para quem busca bem-estar de forma integral, vale repensar a composição do cardápio diário. Reduzir o consumo de ultraprocessados e adotar uma alimentação mais consciente não só protege o corpo, mas também a mente.