Descubra estratégias práticas para criar lanches nutritivos, saborosos e que contribuem para o desenvolvimento infantil
23/06/2025
Gostou da publicação? Compartilhe e de uma força para o Leveza!
A volta às aulas traz consigo uma das maiores preocupações dos pais: como garantir que os filhos tenham uma alimentação adequada durante o período escolar. A lancheira representa muito mais do que apenas um recipiente com comida; ela é uma ferramenta fundamental para promover hábitos alimentares saudáveis e fornecer a energia necessária para que as crianças tenham um bom desempenho acadêmico e social.
Montar uma lancheira saudável pode parecer desafiador em meio à rotina corrida do dia a dia, especialmente quando as crianças demonstram preferência por alimentos ultraprocessados. No entanto, com planejamento adequado e conhecimento sobre nutrição infantil, é possível criar lanches que sejam simultaneamente nutritivos, saborosos e atrativos para os pequenos.
A alimentação durante a infância desempenha um papel crucial no desenvolvimento físico e cognitivo das crianças. Durante o período escolar, quando estão em constante atividade mental e física, a necessidade de nutrientes específicos se torna ainda mais evidente. Uma lancheira bem planejada pode contribuir significativamente para melhorar a concentração, o humor e a disposição das crianças ao longo do dia.
A fase escolar representa um período de intenso crescimento e desenvolvimento, tanto físico quanto intelectual. Durante esse período, o cérebro das crianças está em constante atividade, processando novas informações, desenvolvendo habilidades cognitivas e estabelecendo conexões neurais fundamentais para o aprendizado. Para que esse processo ocorra de forma otimizada, é essencial que o organismo receba os nutrientes adequados na quantidade e qualidade necessárias.
Segundo especialistas em nutrição infantil, uma alimentação saudável favorece o consumo de vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais para a saúde e desenvolvimento das crianças [1]. Alguns nutrientes se destacam por favorecerem especificamente o desempenho cognitivo e fornecerem a energia que as crianças precisam para enfrentar a rotina escolar com disposição e foco.
A infância também é uma fase crucial para a construção do paladar. Proporcionar uma alimentação de qualidade na maior parte do tempo, incluindo os lanches escolares, pode contribuir para estabelecer preferências alimentares saudáveis que se estenderão até a vida adulta. Esse aspecto é particularmente importante considerando que muitas crianças desenvolvem neofobia alimentar durante o período escolar, ou seja, dificuldade em aceitar ou experimentar alimentos novos ou desconhecidos, optando frequentemente por alimentos de baixa qualidade nutricional.
A relação entre alimentação e desempenho acadêmico é amplamente documentada pela literatura científica. Alimentos ricos em nutrientes que colaboram para um melhor funcionamento cerebral influenciam diretamente na cognição, função que favorece o processo de aprendizagem. Uma das estratégias mais importantes para otimizar o funcionamento cerebral é manter a hidratação adequada, já que o cérebro precisa estar bem hidratado para que todas as suas regiões funcionem de forma eficiente.
Carboidratos de baixo índice glicêmico, proteínas, vitaminas e minerais trabalham em conjunto no fortalecimento do corpo e da mente, estando associados a diversos processos no organismo que resultam em benefícios diretos para o ambiente escolar [2]:
• Energia sustentada por tempo prolongado, evitando picos e quedas bruscas de glicemia
• Maior disposição e motivação para participar das atividades escolares
• Foco aprimorado durante a realização das tarefas acadêmicas
• Equilíbrio emocional para lidar com os desafios do ambiente escolar
• Melhora do raciocínio lógico, memória e capacidade de concentração
O início da convivência com outras crianças nas creches e escolas faz parte do desenvolvimento infantil, mas também representa um momento em que a alimentação pode sofrer diversas influências externas. Nesse contexto, o papel dos pais e responsáveis se torna fundamental para manter e reforçar hábitos alimentares saudáveis estabelecidos em casa.
É essencial que as famílias mantenham consistência entre a alimentação oferecida em casa e aquela enviada na lancheira. Essa coerência ajuda a reforçar as escolhas saudáveis e facilita a aceitação dos alimentos pelas crianças. Além disso, envolver as crianças no processo de planejamento e preparo dos lanches pode aumentar significativamente a aceitação e o interesse pelos alimentos saudáveis.
Para montar uma lancheira verdadeiramente saudável e nutritiva, é importante compreender quais grupos alimentares devem estar presentes e como eles contribuem para o bem-estar das crianças. A sugestão dos especialistas é que a lancheira seja composta por uma bebida sem açúcar e nutritiva, uma opção de alimento salgado, leite e derivados, e algo docinho para alegrar a hora do lanche, como frutas ou um achocolatado saudável [3].
As frutas representam uma das categorias mais importantes da lancheira saudável. Ricas em vitaminas, minerais e fibras, elas proporcionam energia natural e sinergismo nutricional, oferecendo mais vitalidade para as atividades escolares. Além de serem naturalmente doces, as frutas satisfazem a necessidade de sabores adocicados das crianças de forma saudável, sem os malefícios dos açúcares adicionados.
As frutas também são ricas em fibras, o que auxilia na hidratação e contribui para o bom funcionamento do sistema digestivo. Podem ser oferecidas in natura, necessitando apenas de uma boa higienização, ou como ingredientes em preparações mais elaboradas, como saladas de frutas coloridas e atrativas.
Opções práticas incluem frutas que não escurecem facilmente quando cortadas, como maçã com casca, uvas, morangos, e frutas que podem ser consumidas inteiras, como banana, pêra e tangerina. Para maior praticidade, frutas secas ou desidratadas também são excelentes alternativas, sendo convenientes, ricas em fibras, saborosas e fáceis de armazenar.
Os vegetais oferecem vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais para o desenvolvimento infantil. Embora possam representar um desafio inicial para algumas crianças, quando apresentados de forma atrativa e prática, podem se tornar parte aceita e apreciada da lancheira.
Opções práticas e atrativas incluem cenouras baby, pepinos em fatias, vagens, palmito e tomates-cereja. Esses vegetais são fáceis de armazenar, têm importante papel nutritivo e podem ser consumidos facilmente pelas crianças. A apresentação colorida e variada desses alimentos contribui para tornar a lancheira mais atrativa visualmente.
As proteínas são fundamentais para o desenvolvimento muscular e ósseo das crianças. Na lancheira, podem ser incluídas através de fontes magras como queijos brancos, iogurte natural sem açúcar, ovos cozidos, ou pequenas porções de carnes magras em sanduíches.
Os laticínios merecem destaque especial por serem geralmente ricos em cálcio, nutriente importante para o fortalecimento da estrutura óssea das crianças. O iogurte natural sem açúcar, por exemplo, além de fornecer proteínas de qualidade, contribui para a saúde da microbiota intestinal.
Os carboidratos de qualidade são essenciais para fornecer energia às crianças, mas é importante escolher opções que proporcionem liberação gradual de energia, evitando picos de glicemia. Pães e biscoitos integrais são excelentes escolhas por fornecerem fibras, vitaminas do Complexo B e energia de liberação lenta.
Opções práticas incluem pãezinhos integrais, sanduíches naturais, biscoitos crackers assados e chips de batata doce. Essas alternativas são caracterizadas por fornecer energia por mais tempo sem causar picos de glicemia na corrente sanguínea, favorecendo a performance mental ao longo do período escolar.
A hidratação é fundamental para o bom funcionamento de todo o organismo, especialmente do cérebro. Além de sempre incluir uma garrafa de água na mochila, é interessante variar com bebidas nutritivas como água de coco, sucos naturais sem açúcar adicionado, ou bebidas vegetais.
Para acompanhar o lanche, opções saudáveis de sucos em pó multivitamínicos podem ser uma alternativa prática, desde que sejam livres de açúcares adicionados e ricos em vitaminas. O leite com achocolatado também pode ser uma escolha interessante, utilizando cacau puro ou achocolatado em pó saudável, preferencialmente adoçado com adoçantes naturais como estévia.
As necessidades nutricionais das crianças variam conforme a idade e o estágio de desenvolvimento. Compreender essas especificidades ajuda os pais a montarem lancheiras mais adequadas para cada fase da vida escolar.
Nesta fase inicial, os nutrientes essenciais incluem cálcio, ferro, proteínas, vitaminas A e C. Esses nutrientes apoiam o desenvolvimento ósseo, a formação adequada do sangue, o crescimento geral e o fortalecimento do sistema imunológico [4]. As crianças nessa idade estão desenvolvendo suas preferências alimentares, tornando fundamental a apresentação atrativa e variada dos alimentos.
O cálcio pode ser fornecido através de laticínios como queijo branco e iogurte, enquanto o ferro está presente em carnes magras, leguminosas e folhas verde-escuras. As vitaminas A e C são abundantes em frutas coloridas como manga, mamão, laranja e morango.
Além dos nutrientes mencionados para a fase anterior, torna-se importante focar em ácido fólico para o desenvolvimento cerebral, vitamina D para absorção adequada de cálcio e ômega-3 para suporte ao sistema nervoso. Esta é uma fase de intensa atividade cerebral, quando as crianças estão desenvolvendo habilidades de leitura, escrita e raciocínio lógico.
O ômega-3 pode ser encontrado em sementes de chia, linhaça, peixes e nozes. Pequenas porções desses alimentos podem ser facilmente incorporadas à lancheira através de pães enriquecidos com sementes ou pequenas porções de nozes como lanche.
Para crianças em idade escolar mais avançada, os nutrientes essenciais incluem cálcio para a formação óssea contínua, ferro para prevenir anemia, proteínas para o crescimento acelerado e vitaminas A, C e E para suporte ao sistema imunológico e desenvolvimento celular. Nesta fase, as crianças têm maior gasto energético devido às atividades físicas mais intensas e maior demanda cognitiva.
É importante aumentar gradualmente as porções e incluir maior variedade de alimentos, sempre respeitando as preferências individuais e promovendo a experimentação de novos sabores de forma gradual e positiva.
Tão importante quanto saber o que incluir na lancheira é compreender quais alimentos devem ser evitados ou consumidos apenas ocasionalmente. Essa consciência ajuda os pais a fazerem escolhas mais assertivas e a protegerem a saúde de seus filhos a longo prazo.
Os alimentos ultraprocessados representam uma das principais ameaças à alimentação infantil saudável. Na maioria das vezes, esses produtos possuem altos índices de gorduras saturadas, sódio, açúcar, corantes artificiais e conservantes químicos, componentes potencialmente prejudiciais para a saúde quando consumidos em excesso.
Além dos malefícios diretos que podem ocasionar, os ultraprocessados são pobres em vitaminas e minerais essenciais, oferecendo apenas “calorias vazias”. Eles também proporcionam saciedade por pouco tempo, o que pode levar a criança a sentir fome rapidamente, resultando em inquietação, mau humor e distração durante as atividades escolares.
Exemplos de ultraprocessados que devem ser evitados incluem biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, barrinhas de cereal industrializadas, sucos em pó com açúcar, achocolatados com alto teor de açúcar, macarrão instantâneo, embutidos como salsicha e linguiça, empanados industrializados e refrigerantes.
O açúcar adicionado deve ser evitado ao máximo na rotina alimentar das crianças. Isso inclui não apenas a adição direta de açúcar nas preparações, mas também a atenção aos rótulos dos produtos industrializados, onde o açúcar pode aparecer com diferentes nomenclaturas como sacarose, maltose, maltodextrina, dextrose, xarope glucose-frutose e xarope de milho.
O consumo excessivo de açúcar gera picos de glicemia que podem prejudicar a concentração e o aprendizado. Após o pico inicial de energia, ocorre uma queda brusca dos níveis de açúcar no sangue, resultando em cansaço, irritabilidade e dificuldade de concentração.
Refrigerantes, sucos industrializados, achocolatados com alto teor de açúcar e outras bebidas açucaradas devem ser evitados na lancheira. Essas bebidas fornecem grandes quantidades de açúcar de absorção rápida, sem oferecer nutrientes essenciais, contribuindo para o desenvolvimento de cáries dentárias e desequilíbrios metabólicos.
A hidratação adequada pode ser garantida através de água pura, água de coco natural, sucos naturais sem açúcar adicionado ou bebidas vegetais sem adoçantes artificiais.
Um dos conceitos mais importantes para uma lancheira verdadeiramente saudável é a variedade de cores. Quanto mais colorida a lancheira, maior a diversidade de nutrientes oferecidos. Cada cor em frutas e vegetais representa diferentes antioxidantes, vitaminas e minerais, e consumir uma variedade de cores garante a ingestão de uma gama mais ampla de nutrientes essenciais [5].
A variedade de cores não é apenas uma questão estética, mas reflete um princípio fundamental da nutrição: o sinergismo nutricional. Isso significa que um nutriente depende do outro para ser adequadamente absorvido e utilizado pelo organismo. Por exemplo, a vitamina C presente em frutas cítricas melhora a absorção do ferro presente em vegetais verde-escuros.
Cores diferentes indicam a presença de diferentes compostos bioativos:
• Vermelho: presente em tomates, morangos e melancia, indica a presença de licopeno, um poderoso antioxidante
• Laranja e amarelo: encontrado em cenouras, mamão e manga, sinaliza a presença de betacaroteno, precursor da vitamina A
• Verde: característico de folhas verdes e brócolis, indica presença de clorofila, ácido fólico e ferro
• Roxo e azul: presente em uvas, amoras e berinjela, demonstra a presença de antocianinas, compostos anti-inflamatórios
• Branco: encontrado em alho, cebola e couve-flor, indica a presença de compostos sulfurados com propriedades antimicrobianas
Para implementar o conceito de lancheira colorida na prática, os pais podem adotar algumas estratégias simples:
Planejar a lancheira pensando em incluir pelo menos três cores diferentes a cada dia. Isso pode ser alcançado combinando uma fruta vermelha (morango), um vegetal laranja (cenoura) e um alimento verde (pepino), por exemplo.
Variar as frutas ao longo da semana, explorando opções sazonais que além de mais nutritivas, costumam ser mais saborosas e econômicas. Frutas da estação também ajudam as crianças a desenvolverem consciência sobre ciclos naturais e sustentabilidade.
A organização é fundamental para manter a rotina de lancheiras saudáveis sem que isso se torne um fardo para a família. Com planejamento adequado, é possível preparar lanches nutritivos de forma prática e eficiente.
Recomenda-se pensar no cardápio da semana antecipadamente e dedicar um dia para organizar todos os alimentos. Essa estratégia permite deixar os ingredientes separados e montar a lancheira diariamente com os produtos já designados, economizando tempo durante a correria matinal.
O planejamento semanal também permite maior variedade nutricional, evitando a repetição excessiva de alimentos e garantindo que diferentes grupos alimentares sejam contemplados ao longo da semana.
Algumas preparações podem ser feitas com antecedência para facilitar a rotina:
Frutas: podem ser deixadas cortadas em potes individuais para cada dia da semana. Frutas como maçã podem ser cortadas e armazenadas com algumas gotas de limão para evitar o escurecimento.
Bolos e muffins caseiros: podem ser produzidos em um dia da semana e congelados com etiqueta de validade de até um mês. Para consumir, basta descongelar na geladeira por cerca de 6 horas e servir gelado, ou aquecer no forno por alguns minutos.
Sanduíches: podem ter seus recheios preparados antecipadamente. Patês caseiros, por exemplo, podem ser feitos no fim de semana e utilizados durante toda a semana.
Incluir as crianças no processo de planejamento e preparo dos lanches aumenta significativamente a aceitação dos alimentos. Elas podem ajudar a escolher as frutas no mercado, lavar os vegetais, ou até mesmo participar do preparo de receitas simples como muffins ou biscoitos caseiros.
Esse envolvimento também é uma oportunidade educativa valiosa, permitindo que as crianças aprendam sobre nutrição, desenvolvam habilidades culinárias básicas e criem uma relação mais positiva com a alimentação saudável.
Para facilitar a implementação das orientações nutricionais no dia a dia, seguem algumas sugestões de combinações práticas que atendem aos critérios de uma lancheira saudável:
• Sanduíche de pão integral com queijo branco e tomate cereja
• Uvas vermelhas
• Água de coco
• Muffin caseiro de aveia com banana
• Palitos de cenoura
• Iogurte natural sem açúcar
• Biscoito integral caseiro
• Salada de frutas (morango, kiwi e manga)
• Água com rodelas de limão
• Pão de queijo caseiro (feito com batata doce)
• Tomates cereja
• Suco natural de laranja (sem açúcar)
• Wrap integral com frango desfiado e alface
• Chips de batata doce assados
• Água pura
Essas combinações podem ser adaptadas conforme as preferências individuais de cada criança e a disponibilidade de ingredientes, sempre mantendo o equilíbrio entre os diferentes grupos alimentares e a variedade de cores e texturas.
Preparar lanches caseiros não precisa ser complicado ou demorado. Com algumas receitas básicas e versáteis, é possível oferecer opções muito mais saudáveis e saborosas do que os produtos industrializados.
Ingredientes:
• 2 xícaras de farinha de trigo integral
• 1 xícara de leite
• 2 ovos
• 1/4 xícara de óleo de girassol
• 1 cenoura pequena ralada
• 1/2 abobrinha pequena ralada
• 1/2 xícara de queijo branco picado
• 1 colher de sopa de fermento em pó
• Sal e temperos naturais a gosto
Preparo: Misture os ingredientes secos, adicione os líquidos e por último os vegetais e queijo. Distribua em forminhas de muffin e asse por cerca de 20 minutos em forno médio. Pode ser congelado e descongelado conforme necessário.
Ingredientes:
• 2 batatas doces médias
• 1 colher de sopa de azeite
• Sal marinho a gosto
• Temperos naturais (alecrim, orégano)
Preparo: Corte as batatas em fatias finas, tempere com azeite e sal, disponha em assadeira e asse em forno alto até ficarem douradas e crocantes. Armazene em recipiente hermético.
Ingredientes:
• 2 bananas maduras amassadas
• 1 xícara de aveia em flocos
• 1/4 xícara de uvas passas
• 1 colher de chá de canela
• 1/4 xícara de castanhas picadas (opcional)
Preparo: Misture todos os ingredientes, forme bolinhas e asse em forno médio por 15 minutos. É uma opção naturalmente doce e rica em fibras.
Opções:
• Água com rodelas de limão e folhas de hortelã
• Água com fatias de pepino e limão
• Água com morangos amassados e manjericão
• Água de coco com gotas de limão
Essas bebidas oferecem sabor e hidratação sem açúcares adicionados, sendo muito mais saudáveis que sucos industrializados.
A neofobia alimentar é comum na infância e requer paciência e estratégias adequadas. Apresente novos alimentos gradualmente, misturados com alimentos já aceitos. A persistência é fundamental – pode ser necessário oferecer um alimento novo várias vezes antes que seja aceito.
O planejamento é a chave para superar a falta de tempo. Dedique algumas horas do fim de semana para preparar lanches que podem ser congelados ou armazenados. Receitas simples como muffins, bolinhos de aveia e chips caseiros podem ser feitos em grandes quantidades.
Converse com a criança sobre a importância da alimentação saudável de forma positiva, sem demonizar outros alimentos. Torne a lancheira atrativa visualmente e inclua ocasionalmente algum “mimo” saudável que a criança goste especialmente.
Montar uma lancheira saudável é um investimento no presente e no futuro das crianças. Além dos benefícios imediatos para o desempenho escolar e bem-estar, essa prática contribui para a formação de hábitos alimentares que impactarão positivamente a saúde ao longo de toda a vida.
É importante lembrar que a transição para uma alimentação mais saudável deve ser gradual e respeitosa com as preferências individuais de cada criança. O objetivo não é criar restrições rígidas, mas sim ampliar o repertório alimentar e desenvolver o paladar para sabores naturais e nutritivos.
A lancheira saudável também representa uma oportunidade de conexão entre família e escola, demonstrando cuidado e amor através da alimentação. Quando as crianças percebem o esforço dos pais em preparar lanches especiais, isso fortalece vínculos afetivos e transmite valores importantes sobre autocuidado e saúde.
Incentivar uma dieta equilibrada e variada em todas as fases da vida é fundamental para atender às crescentes necessidades nutricionais das crianças. Com planejamento, criatividade e persistência, é possível transformar a lancheira em uma ferramenta poderosa para promover saúde, aprendizado e felicidade na vida escolar dos pequenos.