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Consumo de ômega-3 e ômega-6 pode reduzir o risco de câncer, aponta novo estudo

Estudo sugere atenção no consumo de ômega-3 para homens

7/11/2024

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Aumentar o consumo de alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, como nozes e sementes, pode ajudar a reduzir o risco de até 14 tipos de câncer, conforme apontado por um estudo recente.

Essas gorduras, consideradas benéficas para a saúde, estão associadas a menores níveis de colesterol, melhor função cerebral e maior expectativa de vida. O ômega-3, em particular, é frequentemente valorizado por seu potencial anti-inflamatório.

Entre as principais fontes de ômega-3 estão peixes como salmão, sardinha, truta e cavala, além de sementes de linhaça, nozes, suplementos de óleo de peixe e óleo de fígado de bacalhau. Já o ômega-6 é encontrado em óleos vegetais (como óleo de canola), ovos, abacate, sementes e nozes.

De acordo com Yuchen Zhang, pesquisador principal da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, “níveis mais elevados de ômega-3 e ômega-6 no organismo foram associados a uma redução significativa no risco de câncer”. Ele enfatiza que incluir mais desses ácidos graxos na dieta poderia trazer benefícios importantes para a saúde.

A pesquisa foi baseada em dados do estudo U.K. Biobank, que monitora a saúde de mais de 500 mil britânicos. No caso específico do estudo da Universidade da Geórgia, os cientistas analisaram informações de 250 mil participantes ao longo de 12 anos. Durante esse período, cerca de 30 mil deles foram diagnosticados com algum tipo de câncer.

Ao examinar os níveis de ômega-3 e ômega-6 no sangue dos participantes, os pesquisadores notaram uma ligação entre maiores concentrações desses nutrientes e um menor risco de desenvolver câncer. Níveis elevados de ômega-3 foram associados a uma redução no risco de cânceres como cólon, estômago, pulmão e outros do trato digestivo. Já o ômega-6 foi ligado à diminuição do risco de 14 tipos de câncer, incluindo melanoma maligno, câncer cerebral e câncer de bexiga.

Apesar de os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 competirem entre si no organismo, muitos especialistas argumentam que a dieta ocidental é desbalanceada, apresentando excesso de ômega-6 e níveis insuficientes de ômega-3. Por isso, é comum que nutricionistas recomendem moderação no consumo de fontes de ômega-6, especialmente em óleos de sementes. No entanto, este estudo demonstrou que níveis elevados de ambos os ácidos graxos podem oferecer benefícios na redução do risco de câncer.

É importante destacar, no entanto, que níveis mais altos de ômega-3 foram associados a um risco ligeiramente maior de câncer de próstata. “Para mulheres, a escolha é simples: incluir mais ômega-3 na dieta”, afirmou Kaixiong Ye, professor associado da Universidade da Geórgia e coautor do estudo.

Outro ponto observado na pesquisa foi a diferença de efeito entre grupos. Participantes mais jovens, especialmente mulheres, apresentaram maior benefício com o consumo de ômega-6. Já o ômega-3 pareceu ser mais eficaz para proteger pessoas mais velhas, homens e fumantes.

Fonte:
Newsweek
International Journal of Cancer